sexta-feira, 12 de junho de 2009

James Arminius (Jacó Armínio)

Arminius - Trechos de um Artigo

Conhecer Arminius é conhecer a liberdade que celebramos em Jesus Cristo, pois sua teologia é uma teologia de liberação. Ela eleva cada um no mesmo nível. Ela diz que não importa quem você é, você tem uma posição igual aos olhos de Deus. Rei ou plebeu, não importa. Deus ama você da mesma forma. Quando Cristo morreu na cruz, ele morreu por você. A história da redenção é sobre o mundo todo – sobre cada homem, cada mulher, e cada criança;

Neste mundo deprimido, o mundo conforme Calvino o via, um mundo dos eternamente benditos e dos eternamente desgraçados, surgiu Arminius, que disse, mais ou menos, “Só um minuto, Dr. Calvino, acho que você se enganou. Você, por sua teologia, reduziu a morte de nosso Senhor na cruz a um drama dos redimidos por distribuição; você diz à metade do mundo que ele não tem importância, que o inferno é seu único futuro, e não há nada que pode ser feito – nada! Você, Dr. Calvino, tomou Jo 3.16 e o afirmou por seus ensinos como uma ‘perversão do Evangelho’”.

Você consegue imaginar o efeito de tal idéia radical? Que a graça de Deus era para todos, aparecendo em uma época onde havia uma grande divisão entre as pessoas – príncipe e camponês, rico e pobre, os que têm e os que não têm. As consequências de tão dramática doutrina, ensinada por Arminius nas aulas do seminário, pregada dos púlpitos, e proclamada em longos ensaios e jornais teológicos na Holanda, foram imediatas. Um desafio se levantou contra a doutrina da eleição de Calvino. Deixar a idéia da livre graça de Arminius sem resposta poderia abalar as fundações políticas, sociais e religiosas da Europa Ocidental. Era uma heresia e tinham que lidar com ela.

Dessa forma chegamos ao Sínodo de Dort, organizado na cidade holandesa de Dordrecht. Os delegados do Sínodo vieram do outro lado da Europa, onde uma grande preocupação tinha surgido sobre a “heresia” de Arminius e os perigos que ela representava. O Rei Tiago I da Inglaterra – que deu história à Bíblia do Rei Tiago – selecionou os maiores eruditos da Igreja Anglicana para estar presentes no Sínodo, onde eles logo assumiriam um papel principal. Em longas e muitas vezes rancorosas sessões, por aproximadamente dois anos, os delegados ouviram os argumentos pró e contra Calvino e Arminius. No final eles resolveram afirmar a posição de Calvino sobre a eleição e rejeitar a alegação de Arminius da livre graça de Deus. Como resultado dessa decisão, começou uma campanha contra os seguidores de Arminius. Ministros que adotaram as idéias de Arminius perderam seus púlpitos. Aos operários que aceitaram a opinião de Arminius sobre a salvação foram negados que trabalhassem para o estado. Alguns arminianos perderam suas vidas; martirizados porque ousaram crer que Cristo morreu por eles.

Para ler o artigo na íntegra clique aqui!

CALVINISMO E MISSÕES

CALVINISMO E MISSÕES

Os calvinistas costumam negar que o calvinismo gera indiferença à missões. Argumentam citando alguns missionários calvinistas que foram muito frutíferos. De fato houve irmãos calvinistas que tiveram um coração apaixonado por missões. Mas isso tem muito mais haver com o chamado de Deus na vida desses homens do que à teologia calvinista.

Um bom exemplo é William Carey, que foi o missionário mais influente que a Índia já teve e o pai das missões modernas. Ele era calvinista e amava missões. Mas a história da Igreja mostra que em 1791, Carey notou que 70% do mundo não professavam o cristianismo. E quando ele apresentou suas idéias a um grupo de pastores calvinistas, um deles replicou: "Jovem, sente-se. Quando Deus quiser converter os pagãos, Ele o fará sem a sua ajuda ou a minha".

Foi por insistência pessoal que William Carey foi à Índia. Os calvinistas jamais o teriam enviado. Vale dizer que Carey fora fortemente impactado pelo avivamento liderado por Wesley (um arminiano).

O pensamento lógico do calvinismo é que se um povo permanece na idolatria (ex.: hindus e mulçumanos) é porque Deus não quer salvá-los, não são eleitos.
Para o arminianismo (e a Bíblia) se algum povo não foi salvo é porque precisam ser evangelizados.

Ainda bem que alguns irmãos calvinistas deixam seu coração pulsar por missões, mesmo contrariando a lógica do calvinismo.

PS.: Sei que os teólogos calvinistas defendem muito missões e evangelismo. Não nego isso. Mas se os 5 pontos do calvinismo fossem seguidos com coerência eles não precisariam evangelizar. Por isso o hiper-calvinismo é o tipo mais coerente de calvinismo, embora ambos estejam aquém da Bíblia. O que salva o "calvinismo moderado" da heresia é justamente que na prática eles se comportam de acordo com o arminianismo.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

A Diferença na Prática - 5

A Diferença na Prática - 5

O calvinista diz:
"A nossa oração nunca muda absolutamente nada do que vai acontecer, porque o que vai acontecer já está determinado por Deus antes da fundação do mundo. O único objetivo da nossa oração é ter comunhão com Deus". John McArthur, num programa de rádio.

O arminiano diz:
Mt:7:7-8: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á.

Tg:4:2: Nada tendes, porque não pedis.

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COMENTÁRIOS:

Tenho amigos reformados que acreditam na atualidade dos dons espirituais, mas eles não oram pedindo os dons, pois alegam que se Deus quiser irá dar e pronto (já está determinado!). E por não orarem eles não recebem os dons ("Nada tendes porque não pedis" - Tg:4:2).

Ou seja, a recomendação paulina (1Cor 12.31 e 14.1) é totalmente desprezada com o argumento de que é tudo "pela graça" e orar seria uma "obra humana". Eles dizem que não recebemos dons por "esforço humano" e isso é verdade! O detalhe é que orar não é uma "obra humana" para conquistar favores divinos. Pelo contrário, orar é reconhecer nossa dependência de Deus. É entregar a Deus nossas petições e esperar pela resposta Soberana dEle. O momento da oração é o momento em que o ser humano coloca de lado sua habilidade e decide depender de Deus.

Sabemos que o grande objetivo da oração é ter comunhão com Deus. Mas a Bíblia também ensina que podemos deixar de receber bênçãos por falta de oração (Tg 4.2).

A Bíblia diz ainda que somos parceiros de Deus no avanço do Seu Reino: Nós somos cooperadores de Deus. (1Cor:3:9). Por isso Ele mandou pedirmos:
- que Seu reino venha até nós (Mateus 6.10);
- que obreiros fossem enviados a seara (Mt 9.38);

Observe que são coisas que Deus quer fazer, mas que mandou pedirmos. Isso porque o mundo jaz no maligno e nós somos parceiros de Deus no projeto de trazer o Reino.

É comum ouvirmos calvinistas dizerem que os avivamentos são atos soberanos de Deus, e que por isso, é irrelevante orar por avivamento. Mas a história mostra que os avivamentos sempre começaram com pessoas se dispondo a orar. Inclusive os avivamentos iniciados entre irmãos calvinistas foram antecedidos por muita busca em oração.

Por essas razões é muito grave propagar a mentira de que a oração não muda nada.

Um exemplo prático de como a oração muda situações pode ser visto no testemunho de Alexander Ogorodnikov:




Se Alexander não tivesse orado o resultado teria sido outro.
Se as pessoas que Deus chamou não tivessem orado o resultado teria sido outro.

Precisamos sair da dimensão da auto-suficiência e entrar na esfera da dependência de Deus, pela oração. Dizer que Deus já determinou tudo e que por isso não precisamos orar é uma forma sutil de se manter na auto-suficiência.