quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Diferença na Prática

Calvinismo e Arminianismo na Prática

Calvinismo
O calvinista coerente diz:
- Se fulano se decepcionou na igreja e acabou se afastando não era um escolhido;
- Se fulano entrou num seminário liberal e acabou se desviando não era um escolhido;


Arminianismo
O arminiano coerente diz:
- Se fulano se decepcionou ou se desviou vamos atrás da ovelha perdida!

Lucas:15:4: Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

8 comentários:

Anônimo disse...

Amado,

Creio que num debate de idéias, honestidade intelectual é fundamental. Mal representar a posição contrária e apresentar favoravelmente a posição defendida para ajudar a ganhar o debate, mas não contribui para o estabelecimento da verdade.

As duas afirmações referentes ao calvinismo não representam com precisão essa posição. Pois o ensino dessa corrente é que um regenerado não decairá da fé total e finalmente, mas que pode se afastar temporariamente da fé. E por isso, é absolutamente tendencioso dizer que o arminiano vai atrás do desviado, contrapondo isso ao calvinismo.

Creio que o debate pode ser mais produtivo, visando estabelecer a verdade, se as posições forem demarcadas com menos parcialidade.

Em Cristo,

Clóvis

Cleber disse...

Clóvis,
não fui parcial ou desonesto.

Estou levando ao pé da letra os ensinos calvinistas.
Se os calvinistas forem coerentes com seus 5 pontos eles realmente não vão atrás do pecador, pois:

- a graça é irresistível (logo, uma pessoa não poderia esfriar na fé - a menos que esteja resistindo à graça);

- o eleito irá perseverar (logo, supondo que passasse por frieza espiritual não seria preciso correr atrás, pois ele vai ser salvo inevitavelmente - a menos que vc me diga que ele pode perder a salvação)

Reflita se não faz sentido o que expus acima.

Não sou desonesto com o calvinismo. Só procuro ser coerente com os 5 pontos. Se os calvinistas forem coerentes irão imediatamente parar de orar e parar de evangelizar.

(É claro que sei que a Bíblia manda orar e evangelizar - estou justamente demonstrando que o calvinismo vai contra a Bíblia!)

Manão,
convido-lhe a ler e comentar meu texto mais abrangente sobre o assunto: RESPOSTA FIRME AO CALVINISMO, que postei meses atrás.

Cleber

Anônimo disse...

Amado Cleber,

O irmão disse que está "levando ao pé da letra os ensinos calvinistas" e que formos coerentes não iremos atrás do pecador. Porém, o irmão insiste em apresentar de forma distorcida as doutrinas da graça. Vejamos:

O irmão diz que "a graça é irresistível" implica que "uma pessoa não poderia esfriar na fé". Esse jamais foi um ensino calvinista, e se o irmão leu isso em alguma fonte calvinista, agradeceria se a mencionasse.

A doutrina da graça irresistível não significa que o homem não resista à graça, na verdade todos resistem, mas significa que a resistência humana será finalmente cencida. Por isso que se diz que a graça é invencível.

O irmão também diz que "o eleito irá perseverar" implica que se um crente "passasse por frieza espiritual não seria preciso correr atrás, pois ele vai ser salvo inevitavelmente". A perseverança dos crentes, ou melhor dizendo, a preservação do crente, não significa que ele não irá passar por momentos de crises espirituais e nem que não precise de apoio dos crentes para retornar à fé.

A resposta calvinista às suas objeções são claras e tenho certeza que o irmão já a leu. Ela diz simplesmente que Deus preordenou tanto os fins como os meios conducentes a esses fins.

Traduzindo: o mesmo Deus que tornou certa a salvação dos eleitos também determinou de antemão os meios pelos quais o eleito será conduzido a preservado na fé: oração, pregação, pastoreio, etc.

O calvinista é coerente com o ensino bíblico, onde a predestinação é apresentada como incentivo à evangelização.

Portanto, é absurda a afirmação de que "se os calvinistas forem coerentes irão imediatamente parar de orar e parar de evangelizar.". recomendo a leitura de "A soberania de Deus e a evagelização", de J. I. Packer.

Assim que conseguir reunir um tempinho, irei ler o considerar o artigo recomendado.

Em Cristo,

Clóvis

Unknown disse...

Triste quando alguém não sabe diferenciar calvinismo de hiper-calvinismo e fica falando bobagens sem entendimento.
Já me disseram que se arminianos fossem coerentes eles não creriam na onisciência de Deus.

Cleber disse...

Clóvis,
veja: não acho o calvinismo um sistema incoerente, só não é bíblico. Os 5 pontos são coerentes entre si. As argumentações calvinistas tbm são coerentes com o sistema. Não questiono a coerência do sistema, a questão é se ele é bíblico!

Sobre a graça irresistível o calvinismo diz que as pessoas resistem até q um dia cedem (graça eficaz).
Só não vejo base bíblica pra essa idéia de que irão ceder inevitavelmente.

O que fiz no meu post foi mostrar a diferença prática entre um calvinista (coerente) e um arminiano. Mas sei que o calvinismo moderado não é tão diferente do arminianismo na prática.

Uma coisa merece ser dita: o calvinismo admite que a graça é resistível (pelo menos temporariamente), mas o calvinista acha um absurdo quando um arminiano fala isso (mesmo que se refira a uma situação temporária). Isso é q eu acho engraçado.

Mano, na ótica calvinista, que sentido faz vc evangelizar alguém se essa pessoa não for um eleito? É jogar pérola aos porcos!!
Já no arminianismo não temos esse problema pois todos são alvo da graça e não apenas alguns privilegiados.

Além disso, se levar o calvinismo a risca vc vai concluir que Deus preferiu eleger pessoas no ocidente ao invés do oriente. Mas será q Deus faria acepção de pessoas discriminando povos?
É evidente que o fato de haver mais cristãos no ocidente deve-se aos esforços evangelísticos feitos nessa região.
O arminianismo explica isso bem melhor.

Eu poderia levantar outras questões, mas elas já estão naquele artigo que lhe indiquei aqui do BLOG...
Aliás, gostaria muito de ver sua resposta para aquele artigo.

;-)
Cleber.

Cleber disse...

-V-,
respondi seu post nos comentarios do meu post "A Diferença na Prática - 2".

Obrigado pela participação!

Cleber

Davi Luan disse...

Que desonestidade gritante, como se os calvinistas não fossem atrás dos irmãos que se enfraquecem na fé!

Que descaracterização do calvinismo!

Não sei até que ponto esse tipo de declaração é fruto de falta de conhecimento ou se é má fé mesmo... espero que seja o primeiro, mas foi algo tão gritante que não duvido que possa ser o segundo.

Cleber, irmão, desculpe a franqueza, mas falo com amor cristão e com zelo pela verdade. Pense bem e considere os argumentos do Clóvis que foram muito precisos, e cuidado com esse tipo de descaracterização. Nenhum calvinista convertido pensaria da forma como você retratou.

Esteja visitando meu blog, há alguns artigos lá sobre as doutrinas da graça, inclusive um explicando a relação entre a eleição e as missões, orações por conversões e santificação.

Abraços e que a graça seja sobre você!

Cleber disse...

Davi Luan,
esse seu sentimento é o mesmo que sinto diversas vezes ao ler artigos calvinistas sobre o arminianismo.

Mas vamos lá: tenho ciência de que a maioria dos calvinistas não agem assim, pois o calvinismo desenvolveu várias ressalvas aos 5 pontos.

O que meu post quer mostrar é que um calvinista que levar a risca os 5 pontos irá agir exatamente dessa forma.

Se os 5 pontos forem colocados em prática mesmo irão gerar exatamente isso.

Ainda bem que os calvinistas não são tão calvinistas assim.

Ah! Obrigado pela participação!

Cleber.